Amada Imortal por Cate Tiernan - Citações/Marcações

Mas Boz não se parecia em nada com uma pessoa normal: eramais bonito do que a maioria, mais escandaloso do que a maioria,mais engraçado do que a maioria e, só Deus sabe, mais burro do quea maioria

Finalmente, por volta das 8 horas da noite, me levantei, fuiaté meu quarto e peguei minha maior mala, a que podia carregar atéum pônei morto. (Antes que você pergunte, quero esclarecer que isso nunca aconteceu.)

Quanto a mim, nasci em 1551, um belo número simétrico. Quase 460 anos depois, ainda pedem minha identidade nos bares. Antes que você pense: Oh, que fantástico!, deixe-me dizer o quanto isso é um saco. Sou adulta. Já sou adulta há séculos. Mas estou presa no eterno crepúsculo da adolescência, e não consigo ir além da minha aparência.

Alguns de nós são farristas gastadores. (Não estou citando ninguém — tá bem, eu.)

Nastasya, você é uma idiota. É uma maldita idiota burra que merece isso. — Na verdade, eu merecia coisa muito pior, mas sou bem tolerante comigo mesma.

Era só que...ela tinha parecido ser tão eterna. Um clichê sem sentido para umimortal, eu sei.

Por favor, por favor, seja um louco faminto por sexo que quer me sequestrar e me fazer escrava sexual, implorei em silêncio.

regen-eração disso? Jesus.
Highlighted on Page 44: — Nasci em 718 em Gênova, no reino da Itália. — Ela sorriu. —Não mudou tanto assim.— Ah — acenei com a cabeça, e ela sorriu uma última vez e saiu,fechando a porta. Fiquei feliz de não ter verbalizado minha primeira reação, que tinha sido: “Porra, você é velha.”

A maioria dos nomes não se fixou na minha cabeça enquanto eu tentava engolir as verduras. Teria sido tão difícil jogar um pouco de molho e manteiga neles? Ha ha ha. Não.

Eu me contorci. Empurrei-o e tentei virar a cabeça. De verdade.Mas você sabe, ele é muito mais forte... e eu sou, é claro, uma idiota total e absoluta, e quando ele me abraçou com força e capturou meus lábios com os dele, todo pensamento coerente fugiu da minha cabeça e, em segundos, esqueci de lutar.

Os dois eram bons animais, no sentido de que eram pacientes e calmos, ao contrário, por exemplo, da galinha dos infernos.

Eu não sabia de onde essas coisas estavam vindo — de repente eu era uma fadinha mágicka, me unindo à minha pedra, sentindo minhas raízes terrenas, lálálá...

Cada um de nós pegou sua pedra. A minha me pareceu mais bonita, as cores refletindo mais, como se uma pequena estrela estivesse presa lá dentro, brilhando com intensidade. Oooh, me escutem só,estou sendo poética! Eu queria segurá-la contra meu coração,aconchegá-la na minha mão. Como se ninguém jamais tivesse amado uma pedra como eu amava essa. Era bem... esquisito.

Acho que os imortais e outros usuários de magick estavam mantendo a indústria de sal viva e saudável.

Ali estava ele: o monstro. Meu pior pesadelo estava usando uma camisa de flanela xadrez verde-escura, jeans e tinha cheiro de sabão em pó e ar fresco de outono.

Envergonhada, fechei os olhos e tentei limpar minha mente de quaisquer pensamentos. O que não fazia sentido — eu não deveria estar pensando em pedras e cristais e coisas assim? Tipo, aqui,pedrinha, pedrinha, pedrinha... venha pra mamãe...

— Você espalha alegria aonde vai — disse Dray.— Isso aí — concordei sem alegria nenhuma. — Sou um maldito elfo de Natal

— Como é o café daqui? — perguntei. — Em uma escala de um a dez. Seja honesta. A garçonete pareceu surpresa, depois corou. Ela olhou para o cozinheiro, que estava esperando, e baixou a voz.— Não peça — aconselhou ela.

—Você é linda. Olhei nos seus olhos dourados, tinham cor de xerez.— Você não gosta de mim.— Gosto demais de você — disse ele com a voz rouca. — Quero você demais. Tentei ficar longe.

Não consegui reagir, não consegui pensar. Eu tinha tido mil fantasias sobre tê-lo à minha mercê, tinha desejado-o desde o primeiro momento em que o vi, mas nunca, nunca tinha esperado realmente estar com ele. Agora ele estava me beijando, não de uma maneira assustadora,não com hostilidade, mas com uma intenção calorosa e sedutora. Em um palheiro, no celeiro, no meio da noite. Essa cena foi patrocinada por Mais, Que, Merda, é Essa

— Fiz isso com o fardo? — perguntou ele.— Não. Fui atacada por um fardo fugitivo que estava esperando lá fora —

queria esganar tanto ela quanto a galinha. Juntas. Talvez bater nela com a galinha.

Fiquei lá por dois longos meses e, acredite, você não sabe o que é uma freira até ter visto freiras alemãs do fim do século XIX. Aquelas mulheres eram eficientes e não perdiam tempo, mas a um nível incompreensível. Se aquelas freiras estivessem no comando, a Alemanha teria ganhado a Segunda Guerra Mundial.

Em vez de quatro ou cinco horas de sono agitado, eu agora desmaiava cedo e dormia como uma pedra drogada até a hora de acordar.

Eu via mudanças. Mesmo aos meus olhos, eu parecia menos doente. É claro que minha atração natural ficava completamente obscurecida pelos calos nas minhas mãos, poeira e palha nos meus cabelos, roupas masculinas e pelo perpétuo aroma de titica de galinha que me envolvia, mas minha pele e meus olhos pareciam mais saudáveis.

— Quem é você? — Ela parecia não ter tido a intenção de perguntar.— Nastasya. Nasty para os amigos. Depois de um momento, a garota disse:— Dray, apelido de Andrea, que eu odeio, então não me chame assim. — Ela bateu no peito. — Para os amigos é “Ei, cachorra”.— É um prazer conhecê-la, cachorra — falei, esticando a mão.

Conseguir surpreender alguém com quase 1.300 anos não era pouca coisa,

Eu tinha concluído que Nell era um lobo com roupa de patricinha, mas ninguém mais parecia perceber

— Porque não tentar é admitir que o outro lado venceu. Não tentar é abraçar a morte e a escuridão eterna. E nesse caminho estão a loucura, o desespero e a dor sem fim.

Era quase impossível eu não derrubá-lo bem ali, na frente de Asher, e subir em cima dele. Se eu o acertasse com uma frigideira, ele talvez não lutasse muito...

Nos últimos dez minutos, River tinha descoberto minha personalidade, tinha aberto meu peito e exposto o cadáver em decomposição que havia dentro de mim.

Você sabe, é claro, que imortais são humanos. Não somos alienígenas colocados aqui para nos infiltrarmos na Terra e dominar tudo. Somos completamente humanos, mas só não... morremos tanto.

A diversão de bater e sovar uma massa quente e cheia de fermento? Uns vinte dólares eu diria. Aquele café perfeito? Eu pagaria 75 dólares com prazer por ele. A expressão no rosto de Reyn quando me viu trabalhando na cozinha ao nascer do dia? Não tem preço.

Sim! Senti cheiro de café! Sim! Obrigada Deus, Brahma, São Francisco, sei lá. Havia café no meu futuro!

Quando consigo dormir, costumo ter pesadelos. Não sonhos de verdade, do tipo em que se conversa com um pretzel e um esquilo ri da gente, coisa do subconsciente trabalhando troços estranhos.São mais lembranças.

— Você quer pegar um casaco e vir conosco? — perguntou River. Os olhos dela brilhavam de expectativa. Ela estava se divertindo coma situação. Será que era um teste? Se fosse, eu ficaria feliz em ser reprovada.— Não, obrigada — falei com polidez.— Ah, que bom — disse River, parecendo aliviada. — Quem ficar em casa vai ajudar na limpeza. A cozinha fica bem ali apontou.Olhei para ela. Ela estava praticamente rindo quando saíram pela porta larga pintada de verde. Placar? River 1, Nasty 0. —

Encare averdade, ele é um idiota irresistível que não liga se é gostoso ou não,e que não liga se você é gostosa ou não, e que tem interesse zero em ir atrás de você porque a cabeça dele está em coisas mais sublimes e mais importantes. Odeio caras assim. Houve um padre lindo em Malta nos anos 1930 — mas essa é outra história.

Peguei o prato e o sacudi, desejando ser uma condessa e ele um cocheiro camponês, e que eu pudesse fazer o que quisesse com ele sem grandes consequências. Ah, os bons e velhos tempos. Não que eu já tivesse sido condessa

Eu tinha cruzado vários oceanos em barcos mais vezes do que conseguia me lembrar, na época em que viagens assim podiam demorar semanas ou mesmo meses. Acredite, quando não há nada a se fazer além de olhar as porcarias das estrelas, você olha as porcarias das estrelas.

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